Ao longo da história, a inflação foi um fantasma que atormentou a vida do brasileiro. Durante períodos como o fim dos anos 80, era comum se deparar com valores assustadores desse índice. O que, em geral, dava uma dimensão da crise econômica enfrentada pelo país. Mas o que exatamente é a inflação? E a hiperinflação?
Esses termos podem parecer óbvios, no entanto, a simples interpretação errada deles pode prejudicar um aluno em um dos momentos mais decisivos de sua trajetória educacional: o vestibular.
Sendo assim, entenda o que é necessário sobre inflação e hiperinflação e não corra mais riscos. Acompanhe.
O que é hiperinflação?
Os preços podem aumentar ou diminuir de acordo com a valorização ou a desvalorização de determinada oferta. Sendo assim, quando um produto ou serviço começa a ser muito procurado, a tendência é que o seu preço aumente de acordo com essa procura. E o efeito inverso acontece quando não há interesse na solução.
Ao aumento contínuo e disseminado entre produtos e serviços de uma mesma categoria, damos o nome de inflação. Quando acontece o contrário, ou seja, quando há queda nos preços, chamamos deflação.
Mas e a hiperinflação? Nesse caso, ela acontece quando a inflação aumenta de tal maneira que foge completamente do controle dos agentes públicos.
Vale lembrar que os governos têm como atuar de maneira a reduzir esse índice, por exemplo, diminuindo os juros para facilitar as compras no crédito, cortando os próprios gastos para controlar a quantidade de moeda em circulação e investindo no aumento da produção, de maneira a aumentar a capacidade produtiva para gerar mais ofertas.
É comum chamar de hiperinflação o índice que ultrapassa o aumento de 50% ao mês, como aconteceu no Brasil no fim dos anos 80.
Como acontece a valorização da moeda?
Vamos entender melhor como se dá a oscilação de preços no mercado. Para tanto, considere a lei da oferta e da procura. Ela revela que quando as pessoas têm interesse em adquirir algo, o preço dessa oferta tende a subir.
Consequentemente, se esse objeto de desejo do público consumidor começar a aparecer com menor frequência no mercado, seu preço também tende a aumentar.
Pense em épocas de calor, quando o preço de produtos como ventilador e ar-condicionado aumenta nas lojas.
Para entender como se dá a desvalorização da moeda, entenda que os valores das moedas não são constantes, aliás, eles variam diariamente em função de alguns elementos. Veja abaixo:
Como essas alterações afetam a população?
De uma maneira geral, são muitos os efeitos da inflação e, em casos extremos, da hiperinflação. Mas para fins didáticos, podemos dividi-los em três:
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Diminuição do poder de compra das famílias.
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Queda nos investimentos das empresas.
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Ambiente econômico de incertezas.
Quando olhamos para esses três tópicos, podemos entender melhor os impactos da inflação na sociedade. Com a alta dos preços, as famílias precisam se concentrar nos suprimentos básicos para sua subsistência, eliminando os itens tidos como supérfluos e os produtos mais sofisticados.
Da mesma forma, para manter suas atividades funcionando normalmente e garantir a necessária taxa de lucro, os empresários tendem a reduzir custos de produção em períodos de inflação alta.
Além disso, diante de um cenário em que há incertezas, a tendência é que o empreendedor não aposte em novos negócios. Isso impede o surgimento de novos empregos, o que também trava a economia do país.
De uma maneira geral, esse conjunto de elementos afeta a população que vê suas possibilidades diminuídas em um momento de alta dos preços. Quando consideramos a hiperinflação, a proporção do problema se torna ainda maior.
É nesse contexto que precisamos entender momentos históricos como o da Alemanha em 1923 e da Grécia em 1944, que levaram a transformações relevantes na história ao longo dos anos que seguiram a crise.
Entendeu o que é hiperinflação? Achou que as informações têm tudo a ver com você? Então pode ser que o seu caminho profissional tenha a ver com o tema. Saiba como funciona o nosso curso de Economia.