O caso da Ovelha Dolly e a genética | Blog Unigran Net

Considerado um marco da genética, você já deve ter ouvido falar da ovelha Dolly. Ela foi o primeiro mamífero a ser clonado em todo o mundo! Isso mesmo, ela foi uma cópia de outra ovelha, e não nasceu de uma fecundação entre espermatozóide e óvulo. 

Ficou curioso para saber mais sobre como aconteceu a clonagem da Dolly? Então acompanhe a leitura. 

O anúncio que marcou a história:

Os clones não chamaram muita atenção durante anos, pois a clonagem se restringia principalmente a plantas e protozoários. 

Porém, em 1996, o escocês Ian Wilmut, do Instituto Roslin, de Edimburgo, com a colaboração da empresa de biotecnologia PPL Therapeutics, marcaram a história da genética.

(Fonte da Imagem: Dolly the Sheep – Preserved).

Esse grupo, com anos de pesquisa, conseguiu provar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada clonar um mamífero. Nesse caso, tratava-se de uma ovelha da raça Finn Dorset chamada de Dolly.

Como aconteceu a clonagem da ovelha Dolly?

A Ovelha Dolly fez parte da história biotécnica em 1996 quando se tornou o primeiro animal clonado a partir de células somáticas adultas. 

Para criar o gene artificial, foi usada uma técnica denominada Transferência Nuclear de Células Somáticas. Essa, por sua vez,  consiste em retirar o núcleo da célula com seu correspondente ADN de uma célula que não seja um óvulo ou espermatozóide e implantá-la em um óvulo não fecundado.

No caso da Ovelha Dolly, a célula foi retirada de uma glândula mamária de uma ovelha Finn Dorset de seis anos de idade. Um óvulo não fecundado foi extraído de uma segunda ovelha, da mesma raça, e, com uma agulha, retirou-se o núcleo de seu óvulo. 

Feito isso, a célula mamária da primeira ovelha é unida com o óvulo no núcleo da segunda. Daí uma corrente elétrica provoca a fusão das duas células, que imediatamente começam a se dividir, formando então um embrião.

Ah! E vale ressaltar que, na clonagem, a ovelha sai idêntica ao dono da célula usada no processo. 

Antes da Ovelha Dolly:

John Gurdon ganhando Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia (Fonte da Imagem: Nobel Prize).

Antes da ovelha Dolly, reproduzida em 1996, foi feita uma primeira clonagem de um animal. Mas ela não ganhou tanto destaque assim no seu tempo. 

Em 1962, ela foi desenvolvida pelo especialista em biologia do desenvolvimento, John Gurdon. Ele pegou uma célula do intestino de uma rã e a inseriu-a em um óvulo de outra.

Embora seu trabalho não tenha ficado tão famoso, Gurdon acabou ganhando o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia em 2012. 

Importância do processo para a ciência:

A experiência de Gurdon, Dolly e todas as outras intermediárias, que não tiveram muito destaque, ajudaram a mudar o curso dos estudos científicos que eram realizados até então.

A grande descoberta foi de que poderiam gerar qualquer célula. Até mesmo adulta, sobretudo, as que tivessem uma função em específico. 

Uma década depois de Dolly, os cientistas especializados em células-mães obtiveram uma célula indiferenciada novamente. Mas só que dessa vez sem clonagem. 

Shinya Yamanaka, médico japonês, pesquisador de células-tronco adultas e responsável por esse projeto, dividiu o prêmio Nobel com Gurdon por terem descoberto que a células podem se programar e se tornarem pluripotentes.

Ou seja, as células são capazes de se transformarem em qualquer célula adulta especializada. Graças a isso, atualmente é possível produzir células personalizadas de reposição, que podem ser usadas em caso de lesões, transtornos genéticos e degeneração.

A genética é mesmo um assunto muito interessante, não é? Mas há muito mais do que apenas a ideia de clonagem, como no caso da Ovelha Dolly. Na graduação de Biologia da Unigran EAD você terá contato com esse universo por completo. 

Durante os oito semestres o aluno estudará disciplinas como: Biologia Celular, Embriologia, Anatomia Humana, Ecologia de Organismos, Populações e Comunidades, Genética e Biologia Molecular. 

Além de matérias gerais como: Psicologia da Educação, Linguagem e Argumentação, Filosofia e Ética. 

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Leia também: O papel das abelhas na luta contra o câncer. 


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