A lei de Deus sempre esteve no coração de Desmond Doss, um militar norte-americado até hoje muito lembrado por sua história. Ainda quando criança, ao olhar o quadro dos Dez Mandamentos, era como se Deus falasse para ele: “Desmond, se você me ama, não matará ninguém.”
Mas poderia Doss ser um soldado tão reconhecido com o peso que esse mandamento tinha em sua vida? Neste artigo você entenderá mais da vida de Desmond Doss: o herói sem armas. Acompanhe!
Quem foi Desmond Doss?
Donald Thomas Doss (Desmond Doss) nasceu em 1919 em Lynchburg, Virgínia, Estados Unidos. Filho de William Thomas Doss e Berta Doss, ele foi criado seguindo a doutrina e as crenças da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Ainda criança, um acontecimento marcou sua vida, ele viu seu pai bêbado discutindo com seu tio e depois pegando em uma arma de fogo. Sua mãe tomou a arma do marido e pediu para que Doss, ainda pequeno, a levasse para longe do pai. Ele correu dois quarteirões e prometeu a si mesmo que nunca mais pegaria em uma arma.
Em abril de 1942, Doss foi recrutado pelo Exército dos Estados Unidos, mas conforme havia prometido a si mesmo após o que presenciou ainda criança e considerando todas as suas crenças, se negou a portar uma arma. A única “arma” que portava era uma Bíblia de bolso.
Carreira militar:
Durante sua carreira militar, a insistência de Desmond Doss em não tocar em armas fazia com que seus companheiros de treino manifestassem certa irritação.
Mas ele permaneceu fazendo tudo o que podia. Enfrentou situações complicadas até conseguir respeito de seus colegas.
Em seus momentos de oração, por exemplo, quando estava de joelhos, os próprios militares atiraram sapatos nele, um oficial ameaçou levá-lo para a corte marcial e até tentou dispensá-lo do Exército por suas questões religiosas.
Nos combates, mesmo sob o risco de morte, recusava-se a abandonar os soldados feridos. Pela constante bravura em Guam, em 1944 e nas Filipinas entre 1944 e 1945, Doss recebeu duas Estrelas de Bronze.
Em maio de 1945, a unidade militar da qual Desmond Doss fazia parte, recebeu a missão de captura na Escarpa Maeda, um despenhadeiro de 120 metros que cercava a frente da ilha de Okinawa e que servia de quartel para os militares japoneses.
As coisas apenas começaram a mudar quando os demais descobriram que esse humilde e tranquilo paramédico tinha um modo peculiar de curar as bolhas dos pés cansados deles e quando o viram oferecer água do seu próprio cantil para soldados que haviam desmaiado por causa do forte calor.
Além disso tudo, é interessante ressaltar que a sua criação religiosa incluía frequentar a igreja no sétimo dia. Claro que o exército não ficou nada feliz ao saber que Doss tinha outra exigência, além de não pegar em armas, que era ir semanalmente para ir à igreja aos sábados.
Um exemplo de coragem:
O batalhão foi encaminhado a muitas batalhas. Dentre elas, algumas foram marcadas pelos feitos de coragem de Desmond Doss.
A luta em Okinawa que até aparece nos filmes que contam a história de Doss, mostra que os soldados precisavam escalar paredão de pedras por meio de uma corda. Uma vez no topo, podiam avistar seus inimigos e obter certa vantagem na luta.
Como Doss levava o porte de armas a sério, ele não teve uma em nenhuma dessas batalhas. Mas nem por isso ele deixava de ser corajoso, tornando-se então um grande exemplo. Ele corria desarmado em meio ao combate a fim de ajudar os feridos.
Sem hesitar, Doss atravessou até o fogo de artilharia e armas de mão para cuidar de um oficial ferido. Sozinho, aplicou bandagens, moveu o colega para uma posição abrigada dos tiros inimigos e aplicou plasma enquanto o fogo de artilharia caía em volta. E ele não foi o único que foi salvo pelo soldado.
O militar viveu muitas situações de perigo sem pensar duas vezes para salvar seus colegas. Rastejou até onde um oficial havia sido atingido, a 25 metros da posição inimiga. Cuidou do soldado e o carregou por 100 metros para uma posição segura, o tempo todo exposto ao fogo inimigo.
Num anoitecer, os americanos precisavam se retirar e eram obrigados a deixar todos os feridos para trás na luta de Okinawa. Mas, sendo fiel a seus colegas militares, Desmond volta ao local de batalha para salvar outros combatentes durante 12 horas.
Por tamanha dedicação, seu nome se tornou um símbolo por toda a 77ª Divisão de Infantaria de Valentia.
Livro e filme inspirado na história de Doss:
Por uma história tão cheia de fortes acontecimentos e como exemplo de coragem, fé e disciplina. A vida Desmond Doss foi inspiração para muitas obras.
Escrito por Frances Doss, a segunda esposa do soldado, “Soldado Desarmado” é um livro de memórias sobre o herói militar da Segunda Guerra Mundial.
Mas a história de Desmond Doss ficou ainda mais conhecida quando virou filme intitulado como “Até o Último Homem”, sob a direção de Mel Gibson, em que o soldado foi protagonizado pelo ator Andrew Garfield.
Muitos homens de fé tem suas histórias contadas até hoje e inspiram muitos fiéis.
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