
As histórias do Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato estão na memória afetiva de grande parte dos adultos de hoje. Isso porque as narrativas divertidas e envolventes fizeram parte da infância de muitos.
E ainda mais que entreter, o escritor é capaz de ensinar-nos muito sobre crianças através desses contos. Afinal, ele retrata a infância das brincadeiras, da imaginação e das aventuras.
Os personagens de Monteiro Lobato
Os personagens do Sítio representam a simplicidade da vida no campo. Eles dizem muito sobre a infância, principalmente Narizinho, Pedrinho e Emília.
Além disso, personagens como Dona Benta e Tia Nastácia retratam como os adultos são vistos pelas crianças, enquanto a Cuca representa os medos infantis.
Neste artigo, você relembrará algumas das principais personagens. Verá também como suas características estão presentes até mesmo nas crianças de hoje.
1. Narizinho
A personagem Narizinho surge antes de Monteiro Lobato lançar a série Sítio do Picapau Amarelo. Ela é a protagonista do livro A Menina do Narizinho Arrebitado, de 1920. Também é o centro das histórias do Sítio.
O nome dela é Lúcia, mas é mais conhecida pelo apelido. Ela tem 8 anos e vive com a avó Dona Benta, no Sítio onde se passam as histórias.
Narizinho é uma criança bondosa, cheia de imaginação, que adora criar histórias com sua inseparável boneca Emília. É apaixonada pela natureza e pelos animais. A personagem representa a bondade e a mente criativa das crianças.
2. Pedrinho
Pedrinho é primo de Narizinho, vive na cidade e não no campo com a avó. Porém, sempre passa as férias no Sítio do Picapau Amarelo.
Ele tem 10 anos, é muito aventureiro e, assim como Narizinho, tem muita imaginação. Pedrinho também é muito corajoso e garante que não tem medo de nada. Na verdade, de quase nada. Apesar da coragem, ele assume que tem muito medo de marimbondo.
Pedrinho é o retrato das crianças destemidas, cheias de energia e sempre dispostas a encarar uma nova aventura.
3. Emília
Emília é uma boneca de pano feita por Tia Nastácia para Narizinho. Na história, ela ganha voz depois de tomar uma “pílula falante”. Sua evolução ocorre até que se torne uma menina de verdade.
É a personagem mais tagarela do Sítio. Por isso, às vezes também fala bobagens. Ou, como Monteiro Lobato prefere descrever “abre sua torneirinha de asneiras”.
Emília é a representação da esperteza das crianças. Ela também faz birras, manhas, às vezes é malcriada e vive levando broncas.
4. Tia Nastácia
A cozinheira do Sítio do Picapau Amarelo é a Tia Nastácia. Ela é inspirada em uma mulher real, chamada Anastácia, que trabalhava na casa de Monteiro Lobato.
A personagem é muito bondosa e sempre amorosa com as crianças, a quem conta muitas histórias. Por meio dela, são narradas diversas fábulas do folclore brasileiro.
Assim, Tia Nastácia representa a brasilidade e a sabedoria popular. Para as crianças, é o adulto sábio, capaz de ensinar, orientar e dar conselhos.
5. Dona Benta
Outra hábil contadora de histórias é Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho. É apaixonada pela cultura do Brasil e do mundo e, por isso, está sempre lendo.
Ela também gosta muito de ler histórias para seus netos. É representada como uma avó muito bondosa e amorosa, apesar de dar broncas nas crianças quando necessário.
A personagem descreve o adulto sempre presente para guiar e cuidar das crianças. É o porto seguro dos pequenos, que sentem-se protegidos em seu colo.
6. Cuca
Toda boa história precisa de um antagonista. No Sítio, essa personagem é a Cuca, um ser mitológico do folclore brasileiro.
Monteiro Lobato descreve-a como uma “bruxa velha com cara de jacaré”. Seu papel na história é amedrontar as crianças com seus feitiços e encantamentos.
Assim, Cuca é a representação dos medos infantis e das metáforas criadas pelos adultos para educar as crianças.
Leitura é incentivo para crianças
A intenção de Monteiro Lobato por meio das histórias do Sítio era incentivar nos pequenos o gosto pela leitura. Além disso, o escritor buscava transmitir mensagens positivas por meio de suas fábulas.
Por esses motivos, os livros do autor são trabalhados até hoje nas salas de aula do Brasil. E continuam encantando crianças e adultos devido à identificação criada com suas personagens.
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