
Com um celular em mãos é muito fácil engajar uma causa no mundo digital. Basta um clique, um compartilhamento, uma hashtag ou assinar uma lista de petições.
Mas será que esse ativismo das redes sociais têm um impacto verdadeiro? Acompanhe o artigo para entender mais!
O que é ativismo nas redes sociais?

Para início de conversa vamos entender de verdade o que é esse “ativismo nas redes sociais”.
Esse termo nada mais é do que um posicionamento sobre uma causa feita em uma rede social, seja ela qual for. É muito comum ver esse tipo de postagem no Instagram. Um exemplo recente foi o “Blackout Tuesday” (Terça do Apagão), que aconteceu em 2020 após a vida de George Floyd ter sido ceifada por um policial nos Estados Unidos.
O movimento anti-racista convidava as pessoas a postarem uma foto toda preta em seu Instagram, Twitter ou Facebook, acompanhada da hashtag #BlackoutTuesday.
O objetivo era claro! Paralisar as redes sociais daquela poluição de conteúdo diária e refletir de verdade sobre as vidas negras perdidas diariamente. Um ato de solidariedade e, mais que isso, um ato político.
A repercussão foi enorme! Muitas pessoas se manifestaram fazendo as publicações em suas contas e, esse ato, exemplifica perfeitamente o famoso ativismo nas redes sociais.
Como funciona esse ativismo?
Depois do exemplo do #BlackoutTuesday, a forma que o ativismo nas redes sociais age ficou clara. Mas ele atua muito além de uma foto no Instagram.
Redes sociais são um emaranhado de interações, uma coisa de completa com a outra. E, por existirem várias peças para montar esse quebra-cabeça, as mensagens são fragmentadas.
Nesse caso, o ativismo não para em um único veículo. Chegando então nas famosas Trending Topics do Twitter, as petições, vídeos em diversas plataformas e até os “textões”.
Quem trabalha com a internet, os influencers, tornam-se amplificadores do volume dessas mensagens. Como é o caso da Luisa Mell que luta pela causa animal.
O ativismo e a relação com as marcas:
Vale ressaltar que existem muitas marcas que se posicionam na internet apenas para transmitir essa ideia positiva para seu público, uma vez que há a compreensão de que esse ativismo nas redes sociais é quase que obrigatório.
Claro que o problema não está em se posicionar na internet, afinal, ela é um canal extremamente poderoso. O problema é se posicionar APENAS na internet. Os problemas a serem defendidos vão muito além de um clique ou de uma petição. É preciso estar na vida real e agir fora das telas.
É esse o posicionamento mínimo esperado não apenas de pessoas comuns, mas também o que os clientes vão esperar das marcas que consomem ou desejam consumir.
O Magalu, por exemplo, conseguiu mostrar como usar o ativismo nas redes sociais aliado às ações fora das telas.
Muito mais do que se pronunciar contra qualquer tipo de violência contra a mulher, o Magalu lançou um programa de qualificação para mulheres que foram vítimas de violência. Serão 10 mil bolsas de estudos para o curso de comércio eletrônico e marketing digital.
Proporcionar oportunidade para essas mulheres é uma forma direta de ajudar a amenizar o problema, trazer esperança à elas, bem como apresentar uma forma de dar um novo passo em sua vida.
Além das aulas, os cursos também terão discussões a respeito dos tipos de violência e quais são as leis que as protegem.

Sendo assim, o ativismo nas redes sociais é ativismo de verdade?
Não dá para dizer que não! Afinal, existem impactos causados pelo ativismo digital e não são poucos.
Desde o ato de atingir diferentes públicos pela mesma causa, promover manifestações, sinalizar problemáticas pouco debatidas até o ato de cobrar decisões de autoridades – leis ou debates políticos.
O conflito que existe sobre o ativismo nas redes sociais não ser um ativismo real acontece justamente pela ausência de coerência do discurso e nas ações de quem se posiciona.
É possível usar essa intensidade de se posicionar nas redes para também promover ações que irão ajudar diretamente as pessoas em situações de vulnerabilidade, como no exemplo do Magalu.
Existem vários perfis e marcas que divulgam doações em alimentos, produtos de higiene, colchões ou até mesmo o dinheiro para ser revertido em alguma outra coisa. Essas ações potencializam o ativismo de internet, elas chegam mais perto de ajudar o problema mais um pouquinho e, de pouco em pouco, tornar esse mundo melhor!
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