Cultivo Orgânico x Defensivos Agrícolas | Blog Unigran Net

Quando se fala de produção no campo, é impossível se esquecer dos defensivos agrícolas. Ao mesmo tempo, a procura por produtos orgânicos vem crescendo e criando uma grande divisão entre os produtores. 

Mas a verdade é que, antes de ter um posicionamento definitivo, é necessário conhecer os dois cultivos a fundo.

Acompanhe o artigo e solucione suas dúvidas!

O que é cultivo orgânico?

O cultivo orgânico de alimentos é entendido como a forma de produção que não faz uso de produtos químicos, como adubos, defensivos, promotores de crescimento, entre outros. 

Essa técnica busca manter ou aumentar os níveis de matéria orgânica do solo. Porque teores maiores de matéria orgânica estimulam o crescimento de microrganismos benéficos, que mantêm a fertilidade e a integridade do solo, permitindo um cultivo de alimentos mais saudável. 

Além disso, o cultivo orgânico é elaborado em um ambiente que considere a sustentabilidade ambiental, econômica e social, além de valorizar o produtor rural. 

O que são os defensivos agrícolas?

Para muitos, os defensivos agrícolas são vistos como medicamentos, isso porque a sua função no campo é proteger a lavoura e as pastagens do ataque de seres vivos prejudiciais aos ciclos de cultivo. 

Em termos técnicos, os defensivos agrícolas são produtos químicos, físicos ou biológicos utilizados pelos agricultores a fim de diminuir as perdas de produtividade devido a insetos, fungos e plantas espontâneas. 

Sem eles, a demanda de alimentos iria se tornar maior do que a oferta, devido às perdas por problemas fitossanitários – conjunto de medidas a fim de se evitar a propagação de pragas e doenças. 

Qual a principal diferença?

A principal diferença entre o cultivo convencional e o cultivo orgânico é a utilização de fertilizantes, agrotóxicos e outros produtos químicos para a otimização do processo de produção.

O cultivo convencional é o mais utilizado mundialmente e em questão de adubação, antes do plantio é necessário realizar a análise química do solo para identificar os nutrientes faltantes. A adubação pode ser realizada com compostos de qualquer origem, sendo que a adubação mineral com N-P-K (nitrogênio, fósforo e potássio) é a mais utilizada. Quanto ao controle de pragas e doenças, pode-se utilizar defensivos químicos, biológicos ou orgânicos. 

Já o cultivo orgânico, é realizado de acordo com as normas e princípios da agroecologia. A adubação e proteção do solo são feitas através do uso de matéria orgânica, como restos de vegetais e esterco animal. O controle de pragas e doenças é realizado com métodos alternativos ou biológicos, como caldas caseiras e óleos de origem vegetal.

Vantagens da agricultura orgânica

  • melhora a renda familiar e a qualidade de vida da população;
  • evita a exposição e o contato com produtos químicos;
  • produz alimentos mais saudáveis; 
  • diminui os impactos ambientais;
  • promove a manutenção da biodiversidade;
  • realiza a rotação de culturas;
  • utiliza energia renovável.

Por outro lado, também apresenta algumas desvantagens:

  • menor produção, quando comparado ao cultivo convencional;
  • mais demorado;
  • demanda mais mão-de-obra;
  • alimentos mais caros. 

Portanto, os defensivos agrícolas são necessários?

Com as grandes demandas de mercado, o agricultor tem o desafio de aumentar suas áreas plantadas otimizando tempo, espaço e priorizando a qualidade de seus produtos. 

Cada situação pode causar diferentes níveis de danos ao ciclo de cultivo, desde uma leve redução de lucros até perda total da lavoura. Por isso, os defensivos agrícolas se fazem necessários. 

Mas vale ressaltar que para combater essa pragas, além do uso de defensivos agrícolas, também é importante que o agricultor adote hábitos como: 

  • monitorar constantemente a lavoura e fazer o manejo integrado; 
  • investir em sementes tratadas; 
  • aplicar os produtos nas dosagens adequadas; 
  • diversificar as cultivares na lavoura; 
  • rotacionar as moléculas e seus mecanismos de ação dos produtos. 

Tipos de defensivos agrícolas

Como há diferentes tipos de pragas a se combater, há também diferentes tipos de defensivos indicados para cada situação. Conheça os principais:

Bactericida: 

Como seu nome sugere, a sua função é matar bactérias. Portanto, atua no ambiente contaminado por meio de diversos mecanismos como inibição da síntese proteica e ácido fólico, a destruição da parede celular e, claro, eliminando a bactéria impedindo que os microrganismos realizem atividades vitais básicas. 

Fungicidas:

Com as diferentes condições climáticas, os fungicidas têm uma demanda muito alta no território nacional. A sua função é a prevenção, controle e cura da ação dos fungos. Além disso, eles podem aumentar o período de armazenagem e a qualidade do produto e das plantas colhidas.

Inseticidas: 

São responsáveis pelo controle de insetos e pragas. Também com alta demanda, os inseticidas são muito importantes pois os danos causados são intensos e, consequentemente, afetam toda a movimentação agrícola com destruição de tecido vegetal.

Nesses casos, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque. Os fisiológicos não apresentam toxicidade aos mamíferos e ao meio ambiente, mas não perdem a sua eficácia no combate aos insetos, já os de choque, são para situações de emergência com grande infestação de insetos.

Herbicidas:

Já os herbicidas são componentes importantíssimos na manutenção da colheita. Eles atuam na “limpeza” de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

Para o uso de todos esses defensivos, existe um período que é indicado, baseando-se nas fases de desenvolvimento da planta a fim de prevenir esses danos. 

  • Pré-emergente: Antes da germinação da semente;
  • Pós-emergente: Após o surgimento da planta no campo;
  • Pré-colheita: Antes da colheita;
  • Pós-colheita: Produto colhido ou no solo após a colheita.

Tipos de praga

Abaixo você encontrará uma tabela mostrando também o tipo de praga que cada defensivo agrícola controla. É importante lembrar que para aplicação correta deve-se saber: qual o diagnóstico da área e onde administrar o produto, além da dosagem. 

Sabemos que o Brasil é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo, e que essa ferramenta é importante no planejamento agrícola e na agricultura brasileira no controle de pragas e rendimento da lavoura em grande escala 

Porém, o manuseio deve ser usado quando estritamente necessário. Sendo usados de forma consciente, os defensivos agrícolas são, sem dúvidas, o método mais eficiente de manejo.

E sim, o uso indiscriminado, desrespeitando a bula, além de desrespeitar a legislação brasileira e todas as normas de segurança é algo irresponsável e crime. 

Resumindo, sendo contra ou a favor dos defensivos, uma coisa é certa: a produção agrícola precisa ser eficiente e apresentar boa produtividade para atender às demandas do mercado. 

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