Tudo que você precisa saber sobre Coronavírus (COVID-19) | Blog Unigran Net

Com números cada vez maiores, o Coronavírus preocupa a população mundial. A fácil transmissão e o pouco conhecimento sobre o novo agente faz com que o controle da doença seja complexo. 

Leia abaixo um compilado com tudo o que você precisa saber!

O que é e como surgiu o Coronavírus? E o COVID-19?

Coronavírus é um grupo de vírus que causa infecções respiratórias. Já o Covid-19, novo agente do Coronavírus, foi descoberto no fim de dezembro após casos registrados na China. Leva esse nome exatamente por ter sido descoberto no fim de 2019 como um novo tipo da doença.

É exatamente isso que muitas pessoas não sabem: o grupo do Coronavírus é comum. A maior parte da população se infecta com os Coronavírus comuns ao longo da vida. Esse vírus é responsável, por exemplo, por sintomas como a tosse que associamos a uma simples gripe.

O problema é que a doença a qual chamamos de COVID-19, é uma nova versão. Ou seja, uma mutação mais agressiva e resistente que tomou a proporção de uma epidemia.

O que é uma epidemia?

A epidemia é caracterizada pelo aumento de novos casos de uma doença – além do esperado – em uma determinada região.

Sendo assim, é importante lembrar que não é a primeira vez que o mundo presencia uma epidemia causada por uma mutação de Coronavírus. Em 2002, também na China, conhecemos a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Dez anos depois, em 2012, tivemos a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). Ambas atingiram mais de 25 países. 

Atualização: No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo Coronavírus como uma pandemia. Isto é, a doença chegou ao seu nível mais grave.

Como o COVID-19 atingiu o mundo?

O Coronavírus (COVID-19) manifestou-se primeiramente na China e a primeira morte ocorreu menos de dez dias após o primeiro caso registrado.

A velocidade com que a doença se espalha é enorme. Quatro dias após a primeira morte na China (09/01) a Tailândia teve seu primeiro caso (13/01), três dias depois (16/01) a doença chegou ao Japão.

Isso porque as pessoas não sabiam que estavam doentes. O período de incubação do Coronavírus – período em que a doença demora para se manifestar – é de 02 a 14 dias. Então, muitas pessoas transitaram pela região infectada e saíram do país antes mesmo de saberem dela.

No dia 21 de janeiro foi comprovado o primeiro caso na América do Norte. Os Estados Unidos anunciaram e logo declararam emergência de saúde pública.

Enquanto isso em Wuhan, na China, local do primeiro caso, o Governo construiu em 10 dias dois hospitais para atender os infectados.

No dia 30 de janeiro a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou Estado de Emergência Global. Isso fez com que a doença se tornasse uma preocupação internacional.

Em 11 de março, o vírus já estava presente em 114 países, com mais de 115 mil pessoas infectadas e mais de 4 mil mortes registradas. China, Itália, Irã e Coreia do Sul ainda são os países mais afetados pela propagação do vírus.

O melhor exemplo a ser seguido diante da situação é a Coreia do Sul. Uma vez que Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram o primeiro caso de coronavírus em seus países no mesmo dia, enquanto os americanos fizeram testes em 4,3 mil pessoas, o país asiático chegou a 196 mil testes no mesmo período.

A estratégia da Coreia do Sul foi estabelecida no primeiro dia: criar uma enorme rede de diagnóstico e, consequentemente, reduzir a taxa de letalidade. 

Como o Brasil está lidando com a crise?

No Brasil, mesmo com crescimento dos casos as fronteiras permanecem abertas, o que facilita a entrada de mais pessoas doentes. Até o momento, o Brasil fechou a fronteira apenas para oito países vizinhos.

O país inclusive realizou um “resgate” de brasileiros na China após o pedido público de imigrantes. O Governo Federal enviou dois aviões para a busca e manteve os brasileiros em acompanhamento na quarentena

A orientação atual é evitar aglomerações e permanecer em casa. Por isso, grandes eventos foram cancelados ou adiados; diversas escolas e universidades foram fechadas. Empresas também criaram um plano de home office para que seus funcionários pudessem trabalhar de casa e evitar um maior contágio da doença.

Entretanto, o Brasil continua contrariando a OMS e só faz testes nos casos graves. Além disso, os números entre as secretarias de saúde e o Ministério da Saúde divergem e são inconclusivas.

Até hoje (18/03), por exemplo, a Bahia diz ter 17 confirmados enquanto o Ministério da Saúde confirmou apenas 03 casos. Por esse motivo é difícil ter certeza dos números reais de infectados pelo vírus e é ainda mais necessário o cuidado para evitar o contágio. 

O número de mortes oficiais até o momento está em quatro casos de pessoas idosas. Porém, um deles está entre as pessoas que não chegaram a sair do país, o que preocupa pelo contágio entre a população mais vulnerável.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são típicos de doenças respiratórias: falta de ar, tosse e febre. O que apesar de parecer simples pode ser fatal em grupos de risco, que incluem crianças pequenas, idosos, pessoas com doenças crônicas e/ou baixa imunidade.

Sintomas como cansaço, dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta e dor no peito podem aparecer em alguns pacientes. 

Estou com sintomas, o que fazer?

A maioria dos casos, cerca de 80%, possuem sintomas leves. Nessa situação, o recomendado é ficar em casa de repouso e evitar o contato com outras pessoas.

Caso manifeste febre, tosse e dificuldade para respirar, que são alguns dos sintomas ou a pessoa for idosa e/ou portadora de doenças crônicas, como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares, é preciso procurar atendimento médico imediatamente. 

Para essas pessoas, é essencial o uso de máscara para a prevenir a dispersão de gotículas. 

Como é transmitido?

O vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa. Dessa forma, estar no mesmo ambiente que uma pessoa infectada pode ser um grande risco para contaminação. Pois a transmissão pode ocorrer pelo ar com uma tosse e espirro, ao apertar as mãos de alguém com a doença ou até mesmo ao tocar em objeto contaminado e levar as mãos ao rosto.

Qual o grupo de maior risco? 

A taxa de letalidade sobe em grupos de idosos, ou seja, a partir dos 60 anos. Assim como, portadores de doenças crônicas, como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares. Crianças menores de 2 anos e gestantes também entram no grupo de risco, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia. 

Grávidas correm mais risco?

Durante a gravidez as mulheres passam por alterações imunológicas e fisiológicas, ficando mais vulneráveis a infecções respiratórias virais. Então, sim, grávidas fazem parte do grupo de risco da doença. 

Ainda não há informação se as grávidas podem transmitir o vírus para os bebês. Não se sabe também se a transmissão pode ocorrer via leite materno, porém até o momento o vírus não foi detectado nesse alimento. 

Qual o período de incubação? 

O período de incubação é referente ao tempo que a doença leva para manifestar, ou seja, quando os primeiros sintomas aparecem. O do Coronavírus é de 2 a 14 dias.    

Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico do Coronavírus, materiais respiratórios de pacientes suspeitos são coletados. Em seguida, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos estados recebem as amostras e realizam exames de biologia molecular a fim de detectar o RNA do vírus.

Preciso usar máscara?

É recomendável o uso de máscara para toda a população, com a finalidade de evitar a transmissão do vírus para outras pessoas. O uso da máscara deve ser sempre aliado com a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel 70%. 

O Ministério da Saúde ensina a maneira correta de lavar as mãos neste vídeo.

Há vacina?

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, não há vacina disponível contra o COVID-19. Há o tratamento que evita o agravamento da doença, mas o medicamento específico com finalidade de eliminar a doença ainda não existe. 

A Organização Mundial da Saúde afirma de cerca de 80% dos casos são leves e curados espontaneamente. No entanto, a preocupação se expande nos grupos de risco: idosos e pessoas com doenças crônicas (hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, etc). 

O que empresas e escolas podem fazer?

O principal é que empresas e escolas orientem todos com as formas de prevenção. Reduzindo, assim, o índice de transmissão. É recomendável que permaneçam em casa: pessoas acima de 60 anos, com doenças crônicas ou que apresentem algum dos sintomas. 

Também é importante que suspendam aulas e atividades profissionais. Realizando, quando possível, o trabalho em casa. 

Cuidado com Fake News!

Nesse momento é preciso bastante cuidado. As informações devem ter fontes seguras e oficiais, portanto cuidado com o conteúdo que é recebido. Confirme em outros locais. O Ministério da Saúde está mantendo o site com informações atualizadas (https://coronavirus.saude.gov.br/). Também há o Disque Saúde 136 que funciona todos os dias e a ligação é gratuita; e o aplicativo gratuito do SUS “Coronavírus – SUS”.


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